Pular para o conteúdo principal

Dólar opera quase estável de olho em CSLL

Notas de dólar: agentes financeiros continuavam atentos à possibilidade de o Banco Central ampliar a atuação no câmbio


São Paulo - O dólar reduziu a alta e operava quase estável sobre o real nesta quinta-feira, por expectativas de vendas de divisas após a Câmara aprovar o texto-base da MP que eleva a CSLL sobre instituições financeiras, além de entradas de divisas com fim de puxar para baixo a Ptax, taxa estimada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais.

Às 13:10, o dólar tinha leve alta de 0,01 por cento, a 3,7603 reais na venda. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu 3,8175 reais, maior nível intradia desde 11 de dezembro de 2002 (3,8200 reais), em meio ao quadro local conturbado. Enquanto na mínima, a divisa recuou 0,21 por cento, a 3,7519 reais.

"(A queda) aconteceu justo quando a Câmara dos Deputados iniciou a votação da medida provisória que aumenta a alíquota da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro", escreveu o operador da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa, em nota a clientes.

Segundo o texto-base aprovado pela Câmara, a CSLL subirá para 20 por cento até 1º de janeiro de 2019, ante os atuais 15 por cento, o que pode levar bancos brasileiros com subsidiárias no exterior a vender dólares para manter sua proteção cambial.

Essas expectativas se somaram, segundo operadores, a entradas de divisas relacionadas ao cálculo da Ptax.

"Desde cedo, o mercado está tentando puxar a Ptax para baixo", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

A moeda norte-americana vinha operando em alta pela quarta sessão seguida desde o começo dos negócios, refletindo as preocupações com o futuro do ajuste fiscal.

No início da semana, o governo enviou ao Congresso Nacional proposta para o Orçamento de 2016 prevendo inédito déficit primário. A notícia deu força a preocupações com o comprometimento do governo com o ajuste fiscal e com a perda do selo de bom pagador do Brasil, catapultando o dólar em relação ao real.

"Não tem novidade: o cenário local está cada vez mais deteriorado", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Nesse contexto, agentes financeiros continuavam atentos à possibilidade de o Banco Central ampliar a atuação no câmbio, uma vez que a alta do dólar sobre o real tende a pressionar a inflação.

"O mercado está desconfiado. O BC está quieto demais", disse o operador de câmbio de uma corretora nacional.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 9,45 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês.

Ao todo, o BC já rolou 1,369 bilhão de dólares, ou cerca de 14 por cento do total de 9,458 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

Da REUTERS

Fonte: Exame.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O sol nunca deixa de brilhar acima das nuvens

Sempre que viajo e vejo esta cena fico muito emocionado. O Sol brilhando acima das nuvens. Sempre me lembro desta mensagem: "Mesmo em dias sombrios , com o céu encoberto por densas e escuras nuvens, acima das nuvens o Sol continuará existindo. E o Sol voltará a iluminar, sem falta. Tenhamos isto sempre em mente e caminhemos buscando a luz! Quando voltarmos os nossos olhos em direção à luz e buscamos na vida somente os lugares onde o Sol brilha, a luz surgirá" Seicho Taniguchi Livro Convite para um Mundo Ideal - pág. 36 Que super mensagem Deus nos oferta.  Você quer renovar a sua experiência com Deus?  Procure um lugar quieto e faça uma oração sincera a Deus do fundo do seu coração pedindo para que a vontade dele prevaleça em sua vida. Tenho certeza que o sol da vida, que brilha acima das nuvens escuras, brilhará também em você !!!

Sonegação não aparece em delação premiada, mas retira R$ 500 bi públicos

Empresário que sonega é visto como vítima do Estado OS R$ 500 BILHÕES ESQUECIDOS Quais são os fatores que separam mocinhos e vilões? Temos acompanhado uma narrativa nada tediosa sobre os “bandidos” nacionais, o agente público e o político corruptos, culpados por um rombo nos cofres públicos que pode chegar a R$ 85 bilhões. Mas vivemos um outro lado da história, ultimamente esquecido: o da sonegação de impostos, que impede R$ 500 bilhões de chegarem às finanças nacionais. Longe dos holofotes das delações premiadas, essa face da corrupção nos faz confundir mocinhos e bandidos. O sonegador passa por empresário, gerador de empregos e produtor da riqueza, que sonega para sobreviver aos abusos do poder público. Disso resulta uma espécie de redenção à figura, cuja projeção social está muito mais próxima à de uma vítima do Estado do que à de um fora da lei. Da relação quase siamesa entre corrupção e sonegação, brota uma diferença sutil: enquanto a corrupção consiste no desvio

Tributação de Venda de desperdícios, resíduos ou aparas - Conceito

Segundo os artigos n° 47 e n° 48 da Lei n° 11.196/2005 (Lei do Bem), há suspensão de PIS/COFINS para a venda de desperdícios, resíduos ou aparas. Consta na Lei n° 11.196/2005, conhecida como “Lei do Bem”, medidas de desonerações tributárias. No artigo 48 desta está disposto a possibilidade de suspender a cobrança das contribuições para o PIS/Pasep e para a Cofins na venda de produtos reciclados, em especifico: venda de desperdícios, resíduos ou aparas. A suspensão busca incentivar as empresas de reciclagem, sendo este um modo para compensar a produção e comercialização dos materiais recicláveis que têm baixo valor agregado, permitindo que a empresa obtenha ganhos, adquira maquinários e eleve sua produtividade. Dá-se por importante salientar que inicialmente a MP n° 252/2005 tratava somente de sucatas de alumínio, a conversão da MP n° 255/2005 na Lei n° 11.196/2005 incluiu os desperdícios, resíduos ou aparas de plástico, de papel ou cartão, de vidro, de ferro ou aço, de cobre,